O
município de Martinópole surgiu no Ceará por volta da metade do século XIX,
originando-se de uma fazenda com poucos habitante que residiam próximos a uma
lagoa chamada Angica. Essa nomeação dada a lagoa teve inspiração em uma árvore conhecida
popularmente como angico, da família das leguminosas monosáceas, que se
encontrava nas margens da lagoa e servia de sombra para os que fugiam da
soalheira durante parte do dia e para o gado malhar. Por conta da água da
lagoa, várias pessoas migraram para Angica em 1887, quando ocorre uma seca
degradante. Adauto Monte conta em seu livro que habitantes de Santa Quitéria,
Santana do Acaraú, Crateús e Riachão (atualmente Uruoca) foram os que chegaram
em Angica atraídos pela lagoa e que as primeiras famílias a chegarem foram
Paulino Sampaio, Porfírio Gomes, Brito, Feijó, Melo e outras.
Em outubro de 1917 a
população oficializa a mudança de nome de Angica para Martinópolis. A palavra
“Martinópolis” é uma junção de “Martins”, em homenagem ao Padre Vicente Martins
da Costa que apesar de ser pároco de Granja contribuiu bastante para o povoado,
e “Polis”, que em grego significa cidade. Portanto, Martinópolis quer dizer
“cidade dos Martins”. Pouco tempo depois foi constatado a existência de uma
cidade com o mesmo nome no estado de São Paulo, “até as iniciais da Ferrovia
eram idênticas – EFS – por extenso – Estrada de Ferro de Sorocaba e, aqui no
Ceará Estrada de Ferro de Sobral” (MONTE, Adauto. P. 16). Por conta disso,
aconteceram muitas trocas de correspondências e documentos entres essas
cidades, e por isso teve que ser alterado o nome de Martinópolis para
Martinópole.
FONTE:
SAMPAIO,
Abelardo. ANÁLISE
DA OBRA DE ADAUTO MONTE – BREVE HISTÓRICO DA CIDADE DE MARTINÓPOLE (1957 – 1997). Martinópole-CE,
2021.
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